segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Espera...

É, mais um ano chegando ao fim, mais uma vez...E tudo se repete. Escolho as melhores palavras para discernir acerca desse fatídico ano. Pareço-me aqui como um compositor frustrado ao qual sobrevive das canções que produz, e quando consegui criar uma inovadora, se acha o mais talentoso possível. Passei muito tempo tentando descobrir qual o meu verdadeiro talento, e cheguei a conclusão de que os genes artísticos os quais todas as pessoas foram beneficiadas, não sobraram para mim.
As palavras ecoam de forma desorganizada em minha mente, surgem justamente em momentos paradigmáticos, visto que, minha mente intraquila por si só, não consegue descansar. Flagro-me muitas vezes em um desses momentos, tentando aglutinar todas as sobras do pensamento de um dia, do que resta de idéias fecundas, e deparo-me em perfeito desespero, que de certa forma até assemelha-se a uma caracteristica poética, bonita; mas não há para mim beleza alguma em sentir que existe um bloqueio de idéias coesas...Principalmente nessa época do ano. Sinceramente, toda essa idéia de fim, me deprime...Um fim inacabado, coisas que ficaram pelo caminho, desejos que na verdade nunca se concretizaram e não se concretizarão.
Como um ser contraditório que sou, sobrevivo numa constante confusão dentro de mim.Confusão de sentimentos, de atitudes, de anseios. Ao passo que não gosto do fim, independentemente do contexto, amedronto-me com o novo...Novo esse, que vem com expectativas ilusórias. Comemorarei hipocritamente feliz, o fim de um ano regado á desilusões amorosas e perspectivas profissionais castradas prematuramente. E desta vez, a única dívida que terei para com o ano vindouro, é fazer deste espaço um ambiente mais frequentado por mim mesma...Pelo menos, metalinguisticamente falando, não me cobrarei por isso.
E por fim, fechando o clichê de última postagem do ano, mas claro sem felicitações, ou demonstrações falseadas de um próspero ano novo; pois eu já ando farta de sorrisos de plástico. E enfadonha como sou, e nenhum exemplo de exímia escritora, encerro aqui o incerto do dia; esperançosa...