quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Várias vezes me pego pensando com meus botões,vendo coisas mirabolantes na tv,revivendo momentos tristes os quais já deveriam ser esquecidos...
Em meio a procura de novos rumos,me prendo a um futuro breve e sem expectativas. Tendo pendências para acertar,coisas urgentes para fazer e um corpo estagnado,cansado e defazado demais para todas essas atividades,que em certo ponto,se parecem irrealizavéis.Vou surfando esse ciclo,que de certo modo se torna vicioso,pois nessa escada que subo,cada degrau se mostra em falso e com tempo determinado para desaparecer.
O que ronda a minha mente são as mesmas perguntas de sempre: O que fazer? Como devo fazer? E sendo assim,por muitos momentos acabo me entregando e conversando comigo mesma: É,desisto!
Porém a minha essencia não me dar ao luxo da desistencia.
Não sei se isso parece bom,ou ruim,só sei que demonstra a caracterista que fala mais alto e diz: Sim,eu quero!
Querer...Quem não quer,não é mesmo? Esse verbo exprime tantos significados,tantos anseios...Há quem diga que querer,só por querer,não fala nada. Todavia,conjugar esse verbo com vontade,é portanto o principio de tudo,o que move essa máquina enferrujada chamada corpo.
Por esse motivo,costumo fazer alusão ao trecho do poema de Fernando Pessoa:
"não sou nada,tenho em mim todos os sonhos do mundo".
No dialeto popular - sonhar não custa nada! E isso é uma verdade por vezes frustrante.
Sonhei no passado,sonho hoje e com certeza sonharei a diante,pois vontade nunca me faltou,só as adversidades do cotidiano que nos fazem decair, porém se tenho que seguir em frente,então que assim seja!
Essa é a vida.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Relicário

Sabe, eu sempre tive o hábito de guardar coisas. E não é um simples guardar, é simplesmente não conseguir se desfazer dessas coisas. Não por mania de estocar entulho dentro de casa, mas por não ter coragem suficiente de jogar fora parte da minha história. Tenho guardado desde nota fiscal de biscoito, comprovante de inscrição do vestibular em que eu passei, bijuterias antigas, a minha coleção de revistas de quando era adolescente, meus diários desde 1997. Enfim, tudo isso faz parte da minha vida! Há quem diga que são quinquilharias, porém tudo isso é parte de mim... Coleções tive muitas, uma delas já mostrei. Depois de um certo tempo, passei a colecionar pessoas, não pelo sentido pejorativo da coisa, mas como algo em que não consigo também me desvencilhar. Essa última talvez seja a mais dura de todas, pois é muito difícil "livrar-se" de uma pessoa, principalmente quando existe sentimento envolvido.
Estou tentando pôr ordem à essa minha síndrome de Diogenes, separando o que não me tem serventia e guardando apenas o que será útil. Não que as pessoas não me sejam úteis, porém é preciso renovar, vivenciando mais o presente... Obvio que não esquecendo o que passou, cada qual será guardado em seu lugar, mas vejo que é de necessidade trabalhar a minha maior dificuldade, que é justamente o enredo destas linhas: O meu medo do desprezo,esquecimento! Não me desprendo das pessoas, só e somente, pelo receio de não povoar as lembranças das mesmas. E esse temor obriga-me a admitir quaisquer adversidades. Não digo que tudo irá mudar, quem sou eu pra saber, porém é imprescindível aterrissar. Querer sempre a capacidade de relembrar o passado é vantajoso, isso se chama nostalgia, e em certas horas faz até bem, mas não querer o anacrônismo e disso,eu acho que já vivi muito! É...Já cansei de escrever.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Brilho eterno de uma mente sem lembranças...

Meu post hoje é referente à memória e sua qualidade de nos nortear com lembranças angustiantes, e que gostariamos que ficassem no passado...Faço das palavras do meu amigo Jorge Prado as minhas.



"Nós, seres humanos pensantes e sentimentalistas, somos meros amontoados de matéria. Após a "morte morrida desprezada", nada se perde e tudo se transforma... em palavras.

Palavras poéticas de um adeus cheias de ressentimentos, de arrependimentos e desejos de voltar ao tempo passado e começar outra vez para que tudo se refaça, morra e novamente... transforme-se em palavras."

(Jorge Prado)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Menos + menos = Mais!

É noite e o que esperar disso? Não sei!

Incrível começar sempre com argumentações. Talvez sejam as objeções que me levam a algo, ou não. A cada linha transcrita, exaure-se um peso, uma agonia impaciente que adentra-me ao ponto de provocar uma paz acalentadora incrivelmente boa. Percebo que, certas vezes, até lamento por saber que as minhas melhores palavras são nos meus piores dissabores.

Espírito de escritora fracassada? Quiçá! Quem sabe, porventura por ter como inspiradoras poetisas que traziam consigo marca de vidas pessoais frustradas, mas que brilhantemente escreviam...Faz de mim uma dessas amarguradas? Creio que não tenho esse tal privilégio. Pois bem, sei que fazer de uma simples narração, questionamentos redundantes, os quais acabam por de certo modo sempre mostrando a minha maior característica [ a metalinguagem ], faz de mim um ser cansativo? E a dúvida paira no ar... Acredito que ainda há resquícios de sensatez. Gostaria de certa forma dedicar essas linhas a algumas pessoas ou alguém em especial, porém o meu senso de discrição não me permite tal feito. Falar-me-ei de minhas frustrações, pois é disso que esse blog sobrevive. A autocrítica sempre me foi um suporte muito atraente, e mesmo tentando não cair em tentação, acabo chamando-me atenção, me corrigindo...Me flagelando. O flagelo desta vez? O mesmo de sempre: Um lado sempre tem que arrebentar. Que arrebente o mais fraco então.

Incrivelmente descobri que minha vocação é para Stand-up Comedy: Faço da minha vida, momentos de prazerosas risadas entre amigos, e comediante ou não, isso alegra-me de uma maneira enorme. Há pessoas que acreditam que a vida é cor de rosa, ou uma novela do Manuel Carlos. Contudo, eu prefiro ‘perder tempo’ corrigindo o que está imperfeito, principalmente em mim mesma. E volta a velha pergunta interna: ‘ E o que está imperfeito em si mesma?’ Não sei! Talvez seja um pensamento idealista, romântico, mas uma coisa é fato: Não sou pós-moderna. Que a ingenuidade romantizada tome, pois, conta de mim para sempre. Que a idealização do perfeito me encante cada vez mais, todavia me negarei a dissimular minha essência.

Andei sublimando-me por pouca causa, e cheguei a conclusão de que não nasci para minúcias, miudezas. Nasci para o mais, para muito, para os excessos feliz ou infelizmente. O meu defeito, porventura, seja querer tudo intensamente, não sei ser pela metade; dessa maneira admito o meu pecado da parcialidade. E sendo assim, infausto, não sei deixar meu coração em casa e realizar determinadas ações sem a menor sensibilidade. Desabafo ou não, isso depende de pontos de vista... E diante disso, deixo aqui o meu repudio ás pessoas que não detém o amadurecimento suficiente para perceber o que não é palpável e falado. E por fim do fim, eu desejo os pequenos prazeres, me satisfaço com os pequenos gestos, o que não precisa ser dito, mas sim sentido, degustado sem mesquinhez. Estimo o menos, que por conseguinte faculta a mim ver além, provar veemente o que posso ser...

... E tenho dito!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Insônia.

Uma dor angustiante que nos toma por dentro é o que sinto no momento, como se parecesse prever algo de ruim. Sei que assim mantenho-me numa posição paradoxal: Tentar explicar fatos que normalmente a mente humana consegue interpretar, com apenas meras superstições. Parece-me até irônica, mas essa sou eu. Em meio a devaneios noturnos, estaciono-me a fitar um teto esbranquiçado e mórbido, procurando achar razão no que divago e consequentemente, uma maneira mais prática de agarrar-me ao sono.

Contudo, acabo sempre por me ater surpreendentemente, na penumbra do meu quarto, com caneta e papel nas mãos. E esse, tornou-se o modo mais inebriante possível com o qual obtenho tirar de mim, todo o peso de um dia, semanas, pensamentos confusos e densos, cujo muitas vezes, me distancia linearmente de toda uma cadeia de gêneros ditos perfeitos; produtos oriundos de uma sociedade supostamente moderna, hipoteticamente evoluídos os quais vivem se digladiando: Mulher! – Salvo algumas exceções.

Por fim, antes que profetizem acerca da inexistência de coesão do incerto acima...Exprimo-me primeiramente através do meu único e infindável argumento: O que seria de mim sem a arte da prolixidade! E o resto?Eu pergunto-lhes. O resto são apenas conjuntos de silabas e emoção, acoplados numa simples e finita narração.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Espera...

É, mais um ano chegando ao fim, mais uma vez...E tudo se repete. Escolho as melhores palavras para discernir acerca desse fatídico ano. Pareço-me aqui como um compositor frustrado ao qual sobrevive das canções que produz, e quando consegui criar uma inovadora, se acha o mais talentoso possível. Passei muito tempo tentando descobrir qual o meu verdadeiro talento, e cheguei a conclusão de que os genes artísticos os quais todas as pessoas foram beneficiadas, não sobraram para mim.
As palavras ecoam de forma desorganizada em minha mente, surgem justamente em momentos paradigmáticos, visto que, minha mente intraquila por si só, não consegue descansar. Flagro-me muitas vezes em um desses momentos, tentando aglutinar todas as sobras do pensamento de um dia, do que resta de idéias fecundas, e deparo-me em perfeito desespero, que de certa forma até assemelha-se a uma caracteristica poética, bonita; mas não há para mim beleza alguma em sentir que existe um bloqueio de idéias coesas...Principalmente nessa época do ano. Sinceramente, toda essa idéia de fim, me deprime...Um fim inacabado, coisas que ficaram pelo caminho, desejos que na verdade nunca se concretizaram e não se concretizarão.
Como um ser contraditório que sou, sobrevivo numa constante confusão dentro de mim.Confusão de sentimentos, de atitudes, de anseios. Ao passo que não gosto do fim, independentemente do contexto, amedronto-me com o novo...Novo esse, que vem com expectativas ilusórias. Comemorarei hipocritamente feliz, o fim de um ano regado á desilusões amorosas e perspectivas profissionais castradas prematuramente. E desta vez, a única dívida que terei para com o ano vindouro, é fazer deste espaço um ambiente mais frequentado por mim mesma...Pelo menos, metalinguisticamente falando, não me cobrarei por isso.
E por fim, fechando o clichê de última postagem do ano, mas claro sem felicitações, ou demonstrações falseadas de um próspero ano novo; pois eu já ando farta de sorrisos de plástico. E enfadonha como sou, e nenhum exemplo de exímia escritora, encerro aqui o incerto do dia; esperançosa...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Últimas linhas do blog da Xiquinha...

Postagem de 26/05/08

Sempre só...
Bom dia a todos!!

Após alguns meses sem deixar nenhuma contribuiçâo aqui,volto hoje para recuperar o tempo perdido e tornar publico o motivo pelo qual voltei. Como diz meu amigo: "Fernanda,você só posta no blog quando você tem uma dor-de-corno...",admito que ele não está errado em partes,mas não venho aqui expressar as dores de alguém traido,mas sim do contrário.

Hoje exclusivamente,quero falar sobre algo que pra mim chega a ser uma coisa impossivel de se conservar:Um relacionamento amoroso-fraternal,seja lá qual a denominação verdadeira.Trasmitir aqui a idéia de perda também não é nada simplório,por isso tentarei ser o mais breve e mais sucinta possivel.Na maioria das vezes o que se pode pensar é que somos capazes de transformar a vida dos outros,e isso é a mais pura verdade,mas esquecemos que ao passo que convivemos mudamos a nossa também.E ficam perguntas na minha cabeça,como ser perfeito?Como não deixar que a presença de outros interfiram na minha vida?Como não se envolver? E um detalhe importante: Saber entrar num jogo com a idéia de vencer,como lidar com a idéia da perda,de não conseguir o que se espera? Simplismente não sei,eu nunca sei.E é a partir de todos esses questionamentos que se chega na conclusão particular que é o titulo da postagem.

E neste epilogo,exponho o resultado de tudo isso que é mais do que nunca problema somente meu.Com isso, vivo a incidir o que me falta, nos outros e consequentemente a idealizar algo ou alguém que possa ser o "meu cavalheiro medieval".Com tudo, chego a descoberta de que mesmo com todas as qualidades do mundo, são pessoas iguais a todas as outras,de carne e osso e com todos os defeitos comuns...e surge mais outra pergunta: e a forma idealizada de perfeição,já que têm defeitos? A fantasia cai por terra e a produção romantica Byroniana passa-se a ter uma "perfeição" justamente pelo ato de se perceber gestos do quotidiano,acontecimentos que só um ser humano é capaz de realizare sentir...torna-se comum e esta pra mim é a criação mais perfeita de um dito "amor".

E por fim,chegando realmente ao fim...por uma nostalgia,uma lembrança que martela a minha mente e que ainda não consigo entender o motivo pelo qual permanece,concluo o meu desafogo sempre só de hoje e que perdurará por algum tempo.