terça-feira, 14 de abril de 2009

Insônia.

Uma dor angustiante que nos toma por dentro é o que sinto no momento, como se parecesse prever algo de ruim. Sei que assim mantenho-me numa posição paradoxal: Tentar explicar fatos que normalmente a mente humana consegue interpretar, com apenas meras superstições. Parece-me até irônica, mas essa sou eu. Em meio a devaneios noturnos, estaciono-me a fitar um teto esbranquiçado e mórbido, procurando achar razão no que divago e consequentemente, uma maneira mais prática de agarrar-me ao sono.

Contudo, acabo sempre por me ater surpreendentemente, na penumbra do meu quarto, com caneta e papel nas mãos. E esse, tornou-se o modo mais inebriante possível com o qual obtenho tirar de mim, todo o peso de um dia, semanas, pensamentos confusos e densos, cujo muitas vezes, me distancia linearmente de toda uma cadeia de gêneros ditos perfeitos; produtos oriundos de uma sociedade supostamente moderna, hipoteticamente evoluídos os quais vivem se digladiando: Mulher! – Salvo algumas exceções.

Por fim, antes que profetizem acerca da inexistência de coesão do incerto acima...Exprimo-me primeiramente através do meu único e infindável argumento: O que seria de mim sem a arte da prolixidade! E o resto?Eu pergunto-lhes. O resto são apenas conjuntos de silabas e emoção, acoplados numa simples e finita narração.

7 comentários:

Fernando Rocha disse...

Creio que o seu texto mostra a ambiguidade da linguagem, a qual permite ao homem projetar-se além do tempo presente, mas que com isso, sofra.
É possivel entender o seu atual estado de espírito por meio do seu texto.
Nós já trocamos visitas, meu blog é www.neuroticoautonomo.zip.net

Fê Andrade disse...

Obrigada mais uma vez pela visita e pelo comentário,Fernando. ^^
Pois é,tento ao máximo não ser tão subjetiva assim,mas isso pra mim tem se tornado algo dificil.Dizer tudo que sinto com apenas poucas linhas é,e definitivamente sempre foi complicado.

Fernando Rocha disse...

Não se preocupe, há pouco de objetivo neste mundo, afinal vivemos cercado de invençõe e convenções sociais. A subjetividade é a liberdade do eu.

Leopard de neige disse...

Gostei das expressões.
O importante da arte de escrever é... não tentar convencer as pessoas com palavras bonitas, mas sim colocar a "alma" no texto... passar emoção, sensibilidade ...
Parabéns!

=*

Coisasdemenina disse...

Adorei seu texto é muito sensível você tirou as palavras do fundo da alma do que você realmente senti..
Ganhou uma seguidora!

Beijos

Emanoel Ninguém disse...

nossa mas seu blog é muito bom!! espero q volte a escrever logo logo!!

aki se puder da uma olhada no meu bog
http://polaroidperdido.blogspot.com/

o meu twitter é @ninguem

Fábio Costa disse...

Que texto!!!
E ainda diz que não sabe escrever!!
Um texto (se permite comparações) bem ao estilo Clarice Lispector!!
Parabéns Fernanda.